sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Madonna - Pegajosa e Doce

Madonna anunciou que viria ao Brasil depois de 15 anos ignorando a banda de cá da América. Porque na última turnê do ótimo cd “Confessions on a dance floor”, cogitou-se até uma apresentação gratuita (até parece!) na praia de Copacabana, como fora o show dos Rollings Stones. Mas ouvi dizer que Madonna teria cobrado muito e que por isso, não iria trazer ao Brasil aquela que foi a sua melhor turnê já produzida. Tudo bem. A vimos pelo dvd...

Mas eis que surge um novo cd, uma nova Madonna, uma nova turnê. Depois do perfeito cd (não canso de dizer isso) todo feito em batida eletrônica, surge uma Madonna oportunista (no melhor uso da palavra), fazendo uso do hip-hop. Antes que me acusem de algo, explicarei melhor o uso da palavra “oportunista”.



Digo que Madonna foi oportunista ao lançar esse último álbum (Hard Candy), pois entendo que oportunista é aquele que sabe aproveitar uma boa oportunidade e tirar proveito dela. Ela parou e observou que os rappers nunca estiveram tão na moda. Vide Jay-Z , Já Rule, Pharrel, Will I am, 50 Cent, Justin, Timbaland, Kayne West e tantos outros. Esses caras lançam uma música atrás da outra e são febre em quase todo o mundo. Madonna, muito esperta, não queria ficar para trás. Sabia que num novo álbum, se não os usasse, teria que disputar com eles o espaço musical (guardadas as devidas proporções). Então, decidiu que iria trabalhar com eles. Oportunista mais uma vez, chamo eu. E acertou em cheio. Mas não é ineditismo!

Madonna deve ter aprendido com Mariah Carey, que depois de amargar péssimas vendas (fazendo cds só para seus fãs) cedeu ao encanto dos rappers (e à pressão da gravadora) e vendeu que nem água um cd que continha vários hits dançantes, como “It’s like that”, “Shake it off”, “Get your number”, entre outros. Mariah tinha deixado de ser cantora somente para fãs e virou cantora de massa a ponto de ter uma música sua executada no baile de charme debaixo do viaduto de Madureira! Quem diria que os “negões” (sem ofensas) um dia ouviriam a voz fininha de Mariah?! E por que ouviram sem reclamar? Porque ela entrou no clima (e no ritmo certo). Madonna estava atenta a tudo isso...

Por isso, neste novo cd, ela chega com uma nova batida, mas o cd não chega nem aos pés do anterior. Mas é interessante ver essa mistura. A rainha do pop lança um cd com uma levada hip-hop, mas que no fim acaba sendo um “hip-hop-pop” e nada além disso.

Mas falando da turnê do cd novo, esta chega ao Brasil, o último país pelo qual a turnê passará. Dois shows no Rio e três em Sampa. Tá de bom tamanho. Na verdade, ela até agendou shows demais. Cogitava-se uma única apresentação. Mas a “Time for fun” (empresa que a trouxe) pagou uma fortuna por essa brincadeira toda...

Eu relutei muito. Não queria ir ao show de jeito nenhum. Pagar um dinheirão para ver um artista... Não. Era demais para mim. Não podia aceitar isso! Mas quando chegou no dia do primeiro show, me bateu um sentimento ruim no peito. E odeio esse sentimento. Explico, mas vê se você me entende ou se já aconteceu com você algo parecido... Sabe quando tem uma festinha de um vizinho seu e todos os seus amigos são convidados, menos você? Por mais que você anuncie pelos quatro cantos que você não faz questão de ir à festa alguma, não te dá uma sensação chata, ruim, sensação de excluído?! Em mim, dá! Que raiva que eu fico quando isso acontece! Pois então, aconteceu a mesma coisa comigo em relação ao show da Rainha do Pop. Eu não fazia questão, mas todo mundo estava indo (todo mundo mesmo, até meu professor de Literatura Portuguesa!). Não podia aceitar essa exclusão. Comprei o ingresso para o segundo dia, faltando vinte minutos para o show começar. Com um cambista, é claro. Não me julgue! Continuando... Por um erro do dito cujo, meu ingresso saiu por 35 reais (sim, isso mesmo! Nem eu acreditei!).

Entrei no Maraca. O palco era gigante. O show começou uma hora e quarenta depois. Curti o show como nunca e descobri que eu sabia cantar a maioria das músicas. O show terminou. Foram as duas horas mais rápidas de toda a minha vida. O show fora perfeito. O melhor show da minha vida. Tá, na verdade, nunca tinha ido a outro show, mas Madonna é Madonna e é para sempre...

Sai do Maraca satisfeito com o que eu tinha visto. Ela é danada mesmo. Faz jus ao nome da turnê. Madonna é doce e pegajosa. Gruda no ouvido e não sai mais. Você diz que não gosta, mas quando vê tá cantando uma de suas músicas-chiclete. É horrível ter que admitir isso, mas ela não ostenta o título de “Rainha” à toa. Ela é soberana no palco. Uma senhora cantora, no auge dos seus cinqüenta anos...

“Seu Ladir” diria que Madonna é “mara”. Eu prefiro pegar carona numa charge do Aroeira, e afirmar que mais pop que a Madonna no Brasil, atualmente, só o Lula mesmo...


3 comentários:

Anônimo disse...

Bom,embora minha opinião em relação a madonna seja bem contraria da sua(prefiro nem comentar o que acho dela),gostei do que li,ainda + da parte que vc fala da verdadeira rainha do pop,miss MARIAH CAREY!!!!!!!Ela sim que deveria vir aqui no Brasil,Mariah Arrasa!!!!!!!!!!!!

Liza disse...

pegajosa e doce é pouco...
ela é tudo...

mas achei o show pouco produzido em comparação com o confessions.

realmente, ir eu tinha que ir de qualquer jeito. afinal, mesmo q eu eu não gostasse muito dela, madonna é madonna e não é todo dia q uma rainha dá o ar da graça por aqui. mas eu tive q me segurar pra não comprar o vip... mas, talvez, se tivesse comprado, não teria me arrependido rs

Rog's gonna do...in 2008 ! disse...

bom, parabéns pelo texto...

calma, n se confunda...a Madonna foi oportunista sim, mas ela poderia mt bem ter vendido mt mais se n envolvesse elementos e produtores de hip-hop no seu álbum. Embora, eu goste mt do mesmo, n da pra ignorarmos o talento de Timbaland, Pharrell e mt por fora, do Justin...são 3 grandes músicos. Ela n tinha mt a ver com esse estilo e sempre conhecemos a Madonna pelas suas batidas dançantes, n pelo ritmo dos rappers...

a Mariah sim, embora seja boa cantora, q perdeu sua essência. Hj, ela vende, mas n pq ela tem tanto talento e sim pq ela segue a massa, como vc msm disse. Suas músicas se tornaram mt comerciais e diferente da Madonna, ela nem se preocupa em trazer para nós assuntos voltados pro lado social...falta atitude nela, pq tem mt excesso de grito kkkkkkk


Tb n podemos comparar esta a turnê de "Sticky" ao da "Confessions", pois todo o contexto era diferente, a própria Madonna estava num momento diferente e o fato de ela nao nos ter visitado, da outra vez foi justamente pq ela foi para as bandas do Japão e tal, cujas negociações estavam concretizadas, mt antes do Brasil pensar em trazê-la pra cá; além do mais, ela teria que prolongar a turnê, nao daria certo, pq era um show mt mais mt produzido e extremamente calculado, geraria mt cansaço para toda a equipe e com certeza n teriamos como arcar com o preço do ingresso..enfim, embora me lamente de nao tê-lo assistido, sei q nao seria o melhor ela vir, pois n teriamos estrutura tb...passaríamos vergonha.

mas, foram dois shows pra minha vida, n pq sou fã, mas pq realmente eu vi ali em cima uma pessoa q sempre soube o que queria da vida, uma lutadora; todos sabemos, AGORA, o pq q ela é chamada "rainha do pop" e por onde passa, eleva o número de fãs da sua músicas e da sua pessoa.

Eu admiro ao extremo isso numa pessoa...hj ela se tornou a cantora com maior arrecadação em uma turnê e isso nos prova o pq dela ser a Madonna..qm nao foi ao show pq nao quis, deu mole...pq agr só no dvd...

aliás, eu ja o tenho, mas n é oficial..kkkkkkkkkk